* São dois os mais fortes dos guerreiros: o tempo e a paciência.

* Em todos os seus sonhos mais belos o homem nunca soube inventar coisa mais bela do que a natureza. (Alphonse de Lamartine)

* Pelo brilho nos olhos, desde o começo dos tempos, as pessoas reconhecem seu verdadeiro Amor.(Paulo Coelho)

* O verdadeiro artista não dá atenção ao público. O público para ele não existe.(Oscar Wilde)

* Dinheiro é como o adubo: só serve quando espalhado

* O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.(Voltaire)

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"I don't ponder, dream."

Friday, November 10, 2006

Vamos Fugir

“Onze Minutos” – Paulo Coelho

...Do Diário de Maria, ao voltar para casa:

Não me lembro mais quando foi, mas em um domingo desses, resolvi entrar numa igreja para assistir à missa. Depois de muito tempo esperando, foi que me dei conta de que estava no lugar errado – era um templo protestante.

Ia sair, mas o pastor começou o sermão, achei que seria indelicado levantar-me – e isso foi uma bênção, porque naquele dia escutei coisas que precisava muito ouvir.

O pastor disse algo como:

“Em todas as línguas do mundo existe um mesmo ditado: o que os olhos não vêem, o coração não sente. Pois eu afirmo que não há nada mais falso que isso; quanto mais longe, mais perto do coração estão os sentimentos que procuramos sufocar e esquecer. Se estamos no exílio, queremos guardar cada lembrança de nossas raízes, se estamos distantes da pessoa amada, cada pessoa que passa pela rua nos faz lembrar dela.

“Os evangelhos, e todos os textos sagrados de todas as religiões foram escritos no exílio, em busca da compreensão de Deus, da fé que movia os povos adiante, da peregrinação das almas errantes pela face da terra. Não sabiam os nossos antepassados, e tampouco nós sabemos, o que a Divindade espera de nossas vidas – é o momento que os livros são escritos, os quadros são pintados, porque não queremos e não podemos esquecer quem somos.”

No final do culto, fui até ele e agradeci: disse que era estrangeira em uma terra estrangeira, e agradeci por ter me lembrado de que o que os olhos não vêem, o coração sente. E por ter sentido tanto, hoje vou embora...

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