* São dois os mais fortes dos guerreiros: o tempo e a paciência.

* Em todos os seus sonhos mais belos o homem nunca soube inventar coisa mais bela do que a natureza. (Alphonse de Lamartine)

* Pelo brilho nos olhos, desde o começo dos tempos, as pessoas reconhecem seu verdadeiro Amor.(Paulo Coelho)

* O verdadeiro artista não dá atenção ao público. O público para ele não existe.(Oscar Wilde)

* Dinheiro é como o adubo: só serve quando espalhado

* O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.(Voltaire)

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"I don't ponder, dream."

Saturday, August 26, 2006

FELIZ PRA CARAMBA!

Eu não sou feliz

Um dos comentários mais freqüentes em qualquer entrevista é:
- ...e agora que você é uma pessoa feliz...
O que provoca uma imediata reação:
- Eu disse que sou feliz?
Não sou feliz, e a busca da felicidade, enquanto objetivo principal, não faz parte do meu mundo. Evidente que, desde que me entendo por gente, faço o que gostaria de fazer. Por causa disso já fui internado três vezes em um hospital psiquiátrico, passei poucos mas terríveis dias nos porões da ditadura militar brasileira, perdi e ganhei amigos e namoradas com a mesma velocidade. Entrei por caminhos que, se hoje pudesse voltar atrás, talvez tivesse evitado, mas alguma coisa sempre me empurrava para a frente, e com toda certeza não era a busca da felicidade. O que me interessa na vida é a curiosidade, os desafios, o bom combate com suas vitórias e derrotas. Carrego muitas cicatrizes, mas também carrego momentos que jamais teriam acontecido se eu não tivesse ousado além dos meus limites. Enfrento meus pavores e meus momentos de solidão, e penso que uma pessoa feliz jamais passa por isso.
Mas não tem a menor importância: estou contente. E alegria não é exatamente sinônimo de felicidade, que para mim se parece mais com uma tarde morna de domingo, onde não existe qualquer desafio, apenas o descanso que em algumas horas se transforma em tédio, os mesmos programas de televisão no final da tarde, a perspectiva da segunda-feira esperando com sua rotina.
Comento tudo isso porque fui surpreendido com uma extensa matéria de capa em uma das mais conceituadas revistas americanas, geralmente dedicada a assuntos políticos. O tema era: “A ciência da felicidade: ela está em seu sistema genético?” A parte das coisas de sempre (tabelas de países mais ou menos felizes, estudos sociológicos sobre a busca do homem para um sentido em sua vida, oito passos para encontrar a harmonia), a matéria trazia algumas observações interessantes, que me fizeram ver, pela primeira vez, que não estou sozinho em meus conceitos:
A] - Países onde a renda é abaixo de 10.000 dólares por ano, são países onde a maioria das pessoas é infeliz. Entretanto, descobriu-se que, a partir daí, a diferença monetária já não é tão importante assim. Um estudo científico feito com as 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos, mostra que elas são apenas ligeiramente mais felizes que aquelas que ganham 20.000 dólares. Conseqüência lógica: evidente que pobreza é algo inaceitável, mas o velho ditado “dinheiro não traz felicidade” está sendo comprovado em laboratórios.
B] - A felicidade é apenas mais um dos truques que nosso sistema genético nos prega para cumprir seu único papel: a sobrevivência da espécie. Assim, para nos forçar a comer ou fazer amor, é preciso associar um elemento chamado “prazer”.
C] - Por mais que as pessoas se digam felizes, ninguém está satisfeito: é sempre preciso namorar a mulher mais bonita, comprar uma casa maior, trocar de carro, desejar aquilo que não se tem. Também isso é uma manifestação sutil do instinto de sobrevivência: no momento em que as pessoas se sentirem plenamente felizes, ninguém irá ousar fazer mais nada de diferente, e o mundo pára de evoluir.
D] Portanto, tanto no plano físico (comer, fazer amor) como no plano emocional (desejar sempre aquilo que não se tem), a evolução do ser humano ditou uma regra importante e fundamental: a felicidade não pode durar. Ela será sempre feita de momentos, de modo que jamais possamos nos acomodar em uma poltrona e apenas contemplar o mundo.
Conclusão: é melhor esquecer esta idéia de buscar a felicidade a todo custo, e ir em busca de coisas mais interessantes, como os mares desconhecidos, as pessoas estranhas, os pensamentos provocadores, as experiências arriscadas. Só dessa maneira estaremos vivendo inteiramente nossa condição humana, contribuindo para uma civilização mais harmoniosa e mais em paz com as outras culturas. Claro, tudo tem um preço, mas vale a pena pagar.

Paulo Coelho

FELIZ PRA CARAMBA!

Ao lado do nosso nome do msn tem o espaço para a nossa frase. Quem gosta coloca algumas palavras soltas lá. Seja o humor do dia, o pensamento de um filósofo, a letra de uma música. São infinitas possibilidades. Aí eu leio no nick de um amigo “PUTA QUE PARIU, TO FELIZZ PRA CARAMBA”. De repente me deparo com a Felicidade, será a Felicidade a nossa eterna busca mesmo ou nosso estado de espírito? Considero como minha resposta pessoal o nosso Estado de espírito, que significa: somos ou não somos felizes, poderemos não ser, assim como podemos nos tornar, estamos mais felizes agora e menos daqui a alguns instantes. Não adianta dizer que para ser feliz a gente tem que ter um amor, tem que ter a casa própria, tem que ter o carro para dar banda e um emprego estável. Felicidade não é posse. Quanta gente não tem a metade dessas coisas, ou melhor, quanta gente no mundo não sabe o que significa alguma dessas coisas e sorri com mais freqüência, tem um humor melhor e está em paz consigo mesmo.. Será mesmo? Basta observar as pessoas. São todas as pessoas ricas as felizes? São todas as pessoas ricas e amadas felizes? Difícil! Sempre falta alguma coisa, o Ser humano é assim. Quanto mais tem, mais precisa conquistar. Quando já tem, sente falta do gostinho que era quando ainda iria conquistar.

A conquista, o novo, aquele sentimento que há tempos não tínhamos. Tudo misturado: medo, angustia, indecisão, a busca das respostas. O prazer da vitória, de conseguir alcançar. Com a quantidade de possibilidades existentes no mundo quem consegue viver na mesma? Manter a vida de sempre, sem novas descobertas. E a felicidade nisso tudo? Claro que quanto mais completos, mais fácil a nossa vida se torna. Mas felicidade é isso mesmo? Cada um que tem nesse mundo. É possível simplesmente reduzir a felicidade das pessoas a isso e pronto? Não, não mesmo.

Logo, para mim a felicidade é meu jeito de levar a vida. Numa boa. É certo que há momentos em que nos sentimos tristes e outros mais alegres, faz parte. Quer saber se eu encontrei a felicidade? Ela está em mim a cada dia que passa, algumas vezes se manifesta com toda a sua força, em outras cede lugar ao meu lado mais sombrio e solitário. No final o que importa é saber que faço nos meus dias aquilo que quero fazer dos meus dias, com certeza de que para mim a vida não está passando em branco. O mesmo, acredito, vale para as outras pessoas. Cada um com seu jeito de levar a vida, não há regras para ser feliz, caso houvesse, as exceções seriam numerosas.

by ME



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