* São dois os mais fortes dos guerreiros: o tempo e a paciência.

* Em todos os seus sonhos mais belos o homem nunca soube inventar coisa mais bela do que a natureza. (Alphonse de Lamartine)

* Pelo brilho nos olhos, desde o começo dos tempos, as pessoas reconhecem seu verdadeiro Amor.(Paulo Coelho)

* O verdadeiro artista não dá atenção ao público. O público para ele não existe.(Oscar Wilde)

* Dinheiro é como o adubo: só serve quando espalhado

* O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.(Voltaire)

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"I don't ponder, dream."

Monday, May 08, 2006

Sufi


A Ordem Martinista Sufi que, de diversas maneiras, busca traduzir em si mesma as diversas tradições que a compõem. O Martinismo se baseia, principalmente, nas práticas místicas cristãs, com um grande fundo gnóstico (da palavra grega "gnostkoi" - conhecimento), além de ter uma imensa gama de práticas Cabalísticas (na qual a teurgia e a magia se baseiam), advindas dos místicos judeus.

O Sufismo é o aspecto místico do Islam, que também procura seu conhecimento ("irfan" em árabe) através do contato mais próximo possível com a Divindade, pela rememoração dos Nomes e Atributos Divinos, chamada de Zikr.

Mas qual é esse conhecimento que tanto se busca? É o conhecimento da Divindade, mas que só será alcançada pelo conhecimento de nós mesmos.

“... então convidaram o grande mestre da tradição sufi, Nasrudin, para dar uma palestra. Nasrudin marcou a conferência para as duas da tarde, e foi um sucesso: os mil lugares foram todos vendidos, e ficaram mais de seiscentas pessoas do lado de fora, acompanhando a palestra por um circuito fechado de televisão.”

“As duas e ponto, entrou um assistente de Nasrudin, dizendo que, por motivos de força maior, a palestra ia atrasar. Alguns se levantaram indignados, pediram a devolução do dinheiro, e saíram. Mesmo assim continuou muita gente dentro e fora da sala.”

“A partir das quatro da tarde, o mestre sufi ainda não tinha aparecido e as pessoas foram – pouco a pouco – deixando o local, e pegando o dinheiro de volta: afina de contas, o expediente de trabalho estava terminado, era chegado o momento de voltar para casa. Quando deram seis horas, os 1.700 espectadores originais estavam reduzidos a menos de cem.”

“Neste momento Nasrudin entrou. Parecia completamente bêbado, e começou a dizer gracinhas a uma bela jovem que se sentara na primeira fila.”

“Passada a surpresa, as pessoas começaram a ficar indignadas: como, depois de esperar quatro horas seguidas, esse homem se comportava de tal maneira? Alguns murmúrios de desaprovação se fizeram ouvir, mas o mestre sufi não deu nenhuma importância: continuou, aos brados, a dizer como a menina era sexy, a convidou-a para viajar com ele para França.”

“Depois de dizer alguns palavrões contra as pessoas que reclamavam, Nasrudin tentou levantar-se e caiu pesadamente no chão. Revoltadas, as pessoas resolveram ir embora, dizendo que tudo aquilo não passava de charlatanismo, que iriam aos jornais denunciar o espetáculo degradante.”

“Nove pessoas continuaram na sala. E, assim que o grupo de revoltados deixou o recinto, Nasrudin levantou-se; estava sóbrio, seus olhos irradiavam luz, e havia em torno dele uma aura de respeitabilidade e sabedoria. ‘Vocês que estão aqui são os que têm que me ouvir’, disse. ‘Passaram pelos dois testes mais duros no caminho espiritual: a paciência para esperar o memento certo, e a coragem de não se decepcionar com o que encontraram. A vocês eu vou ensinar.”

Trecho do livro: “Veronika Decide Morrer” de Paulo Coelho

Quase um mês sem escrever, o que me motivou definitivamente a colocar a agenda em dia após esse tempo foi a união de sentimentos: paz, tranqüilidade, amor; também as palavras. A união das letras que formam as palavras (cada letra trás consigo um significado, uma história traçada ao longo da transformação e formação da palavra), a união dos tons que compõem uma canção, a união das pessoas que dão sentido a palavra coexistir. Até pensei ter perdido um pouco desse sentido, não mesmo! A união: palavras, pessoas, livros, filmes, músicas.

“Meu pai me disse uma vez que eu poderia alcançar a Deus. Que as letras e as palavras me levariam para além de mim mesma. Para saber que o mundo era mais uma vez um todo. E que, como os antigos místicos, Deus irá fluir através de mim.”

Trecho do filme Bee Season.

Uma forma de reconstruir o mundo.

Reconstruir seu mundo fragmentado.

Uma redenção.

Qualquer tipo de anseio espiritual.

O turbilhão passou a esta altura!

Escrevo após ter visto o filme Bee Season ou o traduzido Palavras de amor/Palavras Mágicas. A gente fica o filme inteiro sem entender nada se não capturar a essência dele. Não se trata exatamente de um filme de entendimento, mas muito mais de sentimento. O que o torna forte. O filme nos faz sentir, nos transmite mais do que imagens e palavras. Depois, no final, vem aquela música estilo pijama show. Completo.

Não existe exatamente uma maneira de explicar o que sentimos, não é nada composto de matéria e nem mesmo o dicionário pode nos dar um significado que baste. Não se explica, então, sentimentos através de palavras. Por outro lado há a possibilidade de criar e desenvolver diferentes sentimentos através de palavras, pois elas nos remetem a sons, imagens; despertam o sentido.

Se não podemos explicar o que sentimos, como nos fazer entender? Como alguém vai saber o que se passa? Como não se enganar ou entender errado? Como chegar a alguma conclusão ou ter certezas absoluta? Seria ótimo, sabermos, fazermos tudo certo, darmos garantias. Possível? E o que aprenderíamos se soubéssemos sempre como agir, se não tivéssemos pontadas de dúvidas, se não existissem riscos... teríamos, assim, a total capacidade de compreensão de nós mesmos e de quem nos rodeia. Sem erros, sem equívocos! Sem aprender com os próprios erros, sem cair, sem levantar, sem sentido. Os pais que já caíram e levantaram não querem que os filhos passem pelo mesmo sofrimento e ditam os caminhos, me pergunto se os filhos realmente aprendem ou se agem cegamente sem ao menos saber ao certo o que fazem e porque o fazem. Caso errem, aprendem!

“...a loucura é a incapacidade de comunicar suas idéias. Como se você estivesse num país estrangeiro vendo tudo, entendendo o que se passa a sua volta, mas incapaz de se explicar e ser ajudada, porque não entendem a língua que falam ali.”

- Todos nós já sentimos isso.

- Todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos.

Trecho do livro: “Veronika Decide Morrer” de Paulo Coelho

Nem sempre entendemos.

Nem sempre nos fazemos entender.

Em Seberi, a Zeti me disse para ler o livro citado acima e corri atrás dele. Que nada, a Lidiane o levou para mim! Tínhamos muito para conversar, mas não vem ao caso. Quando precisava muito ver um filme (dias sem um bom filme não dá!!!), cheguei na locadora e minutos depois saía com o Bee Season. Após a viagem de feriadão, voltando para o trabalho não encontro mais a primeira pessoa a quem contaria as boas novas. Amizades são criadas e cultivadas no ambiente de trabalho, mas as mudanças vêm e vão, a vida não continua sempre na mesmice. Se for para melhorar a gente incentiva, pois cada um deve buscar o melhor sempre.

Há alguém que me escreve poemas e se diz parecer um bobo, mas que há motivos e inspiração de sobra para tanto. De bobo nisso eu não vejo nada, como diz o título traduzido daquele filme: Palavras de amor / palavras mágicas. Veremos no que isso tudo vai dar...
Houve um tempo em que os homens faziam poesias para conquistar suas amadas. Eles não conseguiriam dizer o que sentiam, mas com suas palavras quem sabe poderiam fazer alguém sentir o mesmo. É realmente maravilhoso ler algo que nos faz flutuar mesmo tendo os pés no chão! Atualmente isso tudo soa meio piegas. Quem liga para essas coisas? Quem fala a minha língua? Todos têm sentimentos, poucos são aqueles que possuem a intensidade e a coragem de admitir para o mundo e para si. Poucos são aqueles que sentem prazer em reconquistar a mesma pessoa diariamente como no filme “Como Se Fosse A Primeira Vez”. A vida fácil, sem muitas complicações é mais conveniente. Não há muita necessidade pensar, discutir relação. Cá estamos para ganhar dinheiro e dinheiro e ter tudo que ele compra. Não! A vida é mais que isso. Cá estamos para ganhar dinheiro e ter o que ele pode nos proporcionar e ter também alguém ao nosso lado. Não. Mais... ganhar dinheiro, ter bens e pessoas que nos completem. Além disso, podemos fazer muito mais. Nossos problemas são pequenos perto do tamanho dos problemas do mundo, nosso egoísmo é imenso perto da satisfação das pessoas. Quem realmente é satisfeito? E nossa felicidade pode ser maior do que cogitamos caso optarmos por fazer o que nos deixa realmente felizes.

No livro a personagem Veronika perdeu o sentido da vida, cansou da mesmice e de seu medo inconsciente de mudanças. Resolveu se matar. Não via mais graça nos dias, no lusco-fusco, nas cores, nas pessoas. Tudo sempre igual.

Muitos dias podem ser iguais, mas, há, certamente, um brilho a mais hoje. Horas acrescentadas às nossas vidas. Mais vocabulário, outros sorrisos, outras formas de sorrir. Já cantavam os Mamonas: quanta gente, quanta alegria... Há mais, mais sol, mais frio, mais calor, mais descobertas, mais diferenças que jamais seremos capazes de contar. Mais sons, mais formas de se comunicar, mais imagens congeladas e admiráveis. Mais dias, mais anos, mais vida, mais planos, mais futuro e mais passado. Mais história e estórias, mais invenções, mais o que contar, mais o que ouvir, mais do mesmo também. Mais do que não gostamos e mais do que amamos. Mais que podemos dar e mais que queremos receber. Mais para ensinarmos e aprendermos.

É um círculo, o infinito. Sem começo e nem fim. Quando foi que comecei a pensar e quando vou acabar? Podem me dizer com certeza, eu posso?É mais do que não temos a mínima idéia. Encontramos mais pessoas como nós, mais gente completamente diferente da gente e evoluímos, aos poucos. A vida é mais do que se é capaz de dizer, mais do que se é possível ver, mais do que podemos viver.

“Um poderoso feiticeiro, querendo destruir um reino, colocou uma poção mágica no poço onde todos os seus habitantes bebiam. Quem tomasse aquela água, ficaria louco.”

“ Na manhã seguinte, a população inteira bebeu, e todos enlouqueceram, menos o rei – que tinha um poço só para si e sua família, onde o feiticeiro não conseguiu entrar. Preocupado, ele tentou controlar a população, baixando uma série de medidas de seguranças e saúde pública: mas os policiais e inspetores haviam bebido a água envenenada, e acharam um absurdo as decisões do rei. Resolvendo não respeitá-las de jeito nenhum.”

“Quando os habitantes daquele reino tomaram conhecimento dos decretos, ficaram convencidos de que o soberano enlouquecera, e agora estava escrevendo coisas sem sentido. Aos gritos, foram até o castelo e exigiram que renunciasse.”

“Desesperado, o rei prontificou-se a deixar o trono, mas a rainha o impediu, dizendo: ‘Vamos agora até a fonte, e beberemos também. Assim ficaremos iguais a eles.”

“E assim foi feito: o rei e a rainha beberam a água da loucura, e começaram imediatamente a dizer coisas sem sentido. Na mesma hora, os seus súbitos se arrependeram: agora que o rei estava mostrando tanta sabedoria, por que não deixá-lo governando o país?”

“O país continuou em calma, embora seus habitantes se comportassem de maneira muito diferente de seus vizinhos. E o rei pôde governar até o final dos seus dias.”

Trecho do livro: “Veronika Decide Morrer” de Paulo Coelho

Ficar tanto tempo sem escrever dá nisso... depois não pára mais. Pouco do que coloquei na minha agenda veio parar aqui, pois senti uma invencível vontade. Nenhuma agenda, menos ainda um blog teria o espaço suficiente para uma vida que seja. Mas o pouco que se pode colocar aqui pode significar muito. Pelo menos espero!

Às vezes melhor do que sorrir é fazer alguém sorrir. Do contrário, quando fazemos alguém chorar (mesmo sem intenção) um brilho se perde no ar. E as risadas anteriores parecem não valer mais de nada. Se nosso brilho se perde, cedo ou tarde, o reencontramos, pois existe alguém disposto a achá-lo junto com o que há em nós.

Ainda não terminei o livro. A única coisa que havia lido de Paulo Coelho até então era “O Manual do Guerreiro da Luz”, que, a propósito, gostei muito. Muito os amigos ensinam, e até mesmo nos momentos mais complicados.

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Vi no fantástico – exibido no ultimo domingo, sete de maio – o altista capaz de recriar no papel, desenhando, uma paisagem de dimensões consideráveis nos mínimos detalhes. A mente humana se mostra incrível nesses casos. Contraditória em dar tanta capacidade em uma determinada coisa e tirar outras tantas capacidades deles, que nós (denominados os normais) temos. Como por exemplo: ter um determinado desenvolvimento do aprendizado de acordo com a idade, coisa que, segundo o fantástico, o rapaz não teve.

00:00 Horas... Ou melhor, hora de dormir, após um With or Without You do meu amado U2 e de finalmente fazer uso do meu novo computador (ainda sem internet). Pra publicar, que é bom, somente amanhã (hoje) no serviço!

Mas antes…ouço um pouco mais:
That I Would Be Good, Alanis Morissette

That I would be good
Even if I did nothing
That I would be good
Even if I got the thumbs down

That I would be good
If I got and stayed sick
That I would be good
Even if I gained 10 pounds

That I would be fine
Even if I went bankrupt
That I would be good
If I lost my hair and my youth

That I would be great
If I was no longer queen
That I would be grand
If I was not all knowing

That I would be loved
Even when I numb myself
That I would be good
Even when I am overwhelmed

That I would be loved
Even when I was fuming
That I would be good
Even if I was clinging

That I would be good
Even if I lost sanity
That I would be good
Whether with or without you





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